Anteriormente, escrevi um poema que fala de sentimento. Como é difícil viver plenamente o sentimento se habitamos um planeta onde as pessoas são levadas ao consumismo exagerado, à cultura do ter mais e mais...
Pensando nisso, resolvi escrever outro texto: ( Atentem para a linguagem metafórica )
O PANO SUJO
Tentei limpar o mundo com o pano da minha alma, mas não consegui, pois quanto mais eu insistia em limpá-lo, ele ficava sujo.
Lavei-o diversas vezes e persisti na limpeza que parecia não ter fim. Cada vez mais, eu precisava de água limpa e sabão, da minha força de vontade em não desistir de limpar o meu pano. Às vezes, batia-me uma tristeza imensa diante da falta de resultado que eu queria tanto alcançar.
Até que comecei a observar uma coisa: eu sozinho não conseguiria limpar a sujeira desse mundo tão imundo, no entanto, o meu exemplo poderia servir para outros e uma coisa, também, percebi - por mais vontade que eu tivesse de tornar o mundo limpo, isso eu não conseguiria totalmente, a não ser, minimizar toda a sua sujeira.
Diante de tudo isso, hoje, meus amigos e eu vivemos numa incansável limpeza com os nossos panos que se sujam insistentemente e que limpamos o mundo  com um sabão chamado DIVINO.

O MUNDO SEM SENTIMENTO

Há centenas de anos,
o homem aperfeiçoa o mundo
com suas invenções inovadoras,
sua engenhosidade tecnológica
e suas parafernálias eletrônicas!!!
Mas...
Uma coisa tão simples,
que para ele, ser humano,
parece tão difícil,
ainda não aperfeiçoou:
o sentimento.
Sim, a forma de sentir de hoje
ainda é a mesma da época das cavernas...
Um sentimento...
egoísta...
injusto...
possessivo...
machista...
preconceituoso...
ganancioso...
individualista...
Aquele que poucos têm
Outros não...
Um mundo sem sentimento
único...
verdadeiro...
igual...
fraterno...
compartilhado...
justo...
divino.
Esse mundo que deveríamos SER,
Um mundo que não conseguimos TER.