sexta-feira, 29 de junho de 2012

A VIRGEM DOS LÁBIOS DE MEL...
Enquanto estou no recesso das escolas, decidi fazer um trabalho literário. A pedido de um amigo, comecei uma adaptação da poética prosa de José de Alencar. Estou no 
décimo segundo capítulo e ansioso para terminá-lo. Para quem já leu Iracema, eis o primeiro capítulo da adaptação:

1
Verdes mares de minha terra natal, onde canta a jandaia no alto da carnaúba;
Verdes mares que banham as alvas praias que ficam à sombra dos coqueirais.
Verdes mares onde vai aventurar-se a jangada, que deixa rápida a costa cearense... Com um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um cão que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
A ventania intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das ondas:
— Iracema!...
Nesse momento o lábio arranca d’alma um amargo sorriso.
Deixara ele na terra do exílio uma história que me contaram nas lindas várzeas onde nasci, à calada da noite, quando a Lua passeava no céu e cobria de prata os campos...
Assim refresca o vento.
O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte...
Deus te leve a salvo, soberbo e altivo barco.
Soprem para ti os brandos ventos...
Enquanto remar à discrição dessa brisa, gracioso barco,  devolva às brancas areias a saudade, que te acompanha...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SÃO PEDRO...

É véspera de São Pedro...
A fogueira queima no meio da rua,
Chove e não há brilho da lua...
Mas o fogo não se apaga!
O cheiro de canjica vem da cozinha,
Há milho cozido, como também assado na brasa
E pamonha bem quentinha...
Todos se olham e se falam...
As crianças soltam fogos,
Brincam...
É festa na cidade.
Nada lembra a festa do sertão
Com as quadrilhas,
Com o céu repleto de  estrelas,
Com muita animação.
Essa festa do meu tempo de criança,
Da fogueira que queimava com um calor diferente,
Das comidas típicas,
Do sertanejo boa gente,
Ainda permanece em minha mente,
Fruto da minha imaginação.  

 

terça-feira, 26 de junho de 2012

PARA SEMPRE EU VOU AMAR VOCÊ...

Esse poema faz parte do PROJETO : PARA SEMPRE EU VOU AMAR VOCÊ. São cartas em forma de poemas que falam de amor de diversas maneiras. Sentimentos de paixão e desilusão.

VOLTE PARA MIM
Desde que você partiu e me deixou
Eu sofro por esse amor.
Meu alvorecer é mais triste,
A alegria,em mim, não mais existe...
Meu entardecer é só melancolia,
O meu viver é só agonia.
A cada momento
Que tenho você no meu pensamento,
Sofro com essa ausência.
E toda a minha insistência,
Levou-me a uma drástica obsessão
Que só feriu o meu coração.
Nisso tudo,
Não me deixe assim
E volte logo para mim.
Acabe com o meu sofrer,
Porque...
Venha me amar
Que para sempre
Eu vou amar você.
Esse cartum faz parte do PROJETO POESIA EM CARTUNS. Quando produzi esse cartum, gostei mais da imagem com relação ao poema. Ela tem um tom profundamente poético.

segunda-feira, 25 de junho de 2012


                                       CARAMURU( Santa Rita Durão )

É uma obra nativista                                    Ele, porém, se salvou
Que à primeira vista,                                   Ao dar um tiro de espingarda,
Prima por detalhar                                      Impressionando os nativos.
De nossa nação as riquezas                        Sendo esse o motivo
A magnífica flora,                                       Que o levou a ser respeitado
Belezas da natureza                                    E até ser chamado
Além de apresentar                                    Pelo nome de Caramuru,
Os costumes dos indígenas,                        Que significava "filho do trovão."
Os exuberantes minerais,                            Esse contato rende a Caramuru,
Bem como os animais.                                Além da forte consideração
                                                                                                         Como nobre guerreiro,
 Diogo Álvares Correia                                Das jovens índias a admiração,
 Não sendo da nação brasileira                     Especialmente Moema.
 Naufragou com os companheiros                 Porém, apaixona-se por Paraguaçu,
 Que também não eram brasileiros                Filha do cacique da tribo.
  Na costa da Bahia.                                      E com ela, Caramuru
  Naquele mesmo dia,                                    Retorna a Portugal
  Todos foram devorados                              Pegando ''carona'' num navio francês.
  Pelos índios canibais.                                   Como bom português
                                                                              Casa-se com ela,
                                                                               Jovem índia bela.
                                                                               Levando-a à Corte francesa,
                                                                               Onde é batizada
                                                                               Em um ritual católico.

Esse poema faz parte do PROJETO SÍNTESES POÉTICAS. O objetivo desse projeto foi auxiliar os alunos nas minhas aulas de literatura na compreensão das principais obras literárias. Depois da leitura dos clássicos os poemas ajudaram bastante.
                                                                                                               

quinta-feira, 21 de junho de 2012

AOS AMANTES

É manhã de inverno
E o vento frio sopra em meu rosto...
As flores se esconderam
E o aroma delas me faz falta.
O sol está tímido entre as nuvens
E ainda me delicio com seus raios calorosos...
Mesmo assim caminho entre a névoa matinal,
Pois acredito encontrar
A bela rosa que me faz sonhar...
Sou amante do acaso
E cada caso é luz que brilha no meu caminhar...
Sonho como todo amante
Que busca incessantemente o motivo da sua vida
E se arrasta devagar até chegar ao crepúsculo
No ápice de tudo
Que traduz o amor.

domingo, 17 de junho de 2012

SENSATEZ

Às vezes, acontecem coisas em nossas vidas e precisamos de muita sensatez, porque podemos pagar um preço muito alto por isso.
Meu lado místico mesclado ao poético, ambos me ajudaram a evitar uma angústia maior. Assim que vi esse quadro que exponho abaixo, bateu-me a vontade de escrever um poema sobre SENSATEZ.

SENSATEZ
Minh'alma está triste,
Pelas desavenças da vida,
Pelo ódio sem razão,
Pela soberba da ilusão.

Minh'alma chora
Pela atitude injusta
Que apavora
Na arrogância de um ser 
Que se intitula dono do mundo.

Minh'alma morre
No medo, na angústia,
Na falta de determinação, 
Mas com sensatez
Para não ferir o coração.

sábado, 16 de junho de 2012

MARCAS


                                                            


                                                 Eu sou aquele sapato
                                                 Que deixa marcas naquele chão...
                                                 Eu sou aquelas marcas
                                                 Que modificam  aquele chão...
                                                 Eu sou aquele chão
                                                 Que acolhe as marcas do sapato.
                                                 Eu sou a mudança
                                                 Que gera esperança
                                                  Nessa situação.
                                                 Mas de uma coisa eu tenho certeza
                                                 De que toda a beleza não está no que se vê,
                                                 Na verdade, está no que se sente,
                                                 No que se constrói em nossa mente
                                                 Com as marcas que ficam na gente.

Um poema que escrevi há exatamente dezesseis anos,  no dia 16 de junho de 1996. Eu estava passando por algo muito ruim em minha vida e o eu lírico desse texto retrata muito bem o lado sofrível por qual passei. Como poeta, não sou muito de criar um eu lírico assim, que viva a mesma situação em que me sinto, prefiro o inverso.

LÁGRIMAS


                                  LÁGRIMAS

                                  Não chore por mim,
                                  Porque as lágrimas que correm
                                  Em seu rosto
                                  Aparentam o desgosto
                                  De um amor sem fim.

                                  Não chore assim,
                                  Porque a tristeza
                                  Destrói a beleza
                                  Que vem de sua alma
                                  Ao mesmo tempo que acalma.

                                  Não chore,
                                  Transforme as suas lágrimas
                                  Em alegria
                                  Para que seu dia-a-dia
                                  Seja um eterno esplendor
                                  Capaz de vencer a tormenta
                                  E a dor.

                                  Não chore,
                                  Sorria.

Esse poema também faz parte do projeto de poesia "DEUS, CÉU E MAR ". Lembrei-me, depois, de que já havia postado uma vez o poema LUZ DA ESPERANÇA. Lágrimas, também, faz parte do CDLIVRO que pretendo lançar ainda este ano.
                                            A LUZ DA ESPERANÇA

                                   Não fique triste,
                                   Se você estiver cansado,
                                   Seus pés inchados, corpo fatigado,
                                   Cabeça dispersa...
                                
                                   Não fique triste.
                                   Este túnel é longo,
                                   Escuro e acidentado.
                                   Haverá de derramar muitas lágrimas,
                                   Ouvir algumas lamentações,
                                   Fazer muitas conclusões.
                                   Mas guarde na lembrança
                                   Que como todo túnel tem o seu começo,
                                   Ele também tem um final.
                                  
                                   Não fique triste,
                                   Se alguém desiste
                                   Da luta. Assim não haverá herança,
                                   Pois é no seu amanhã       
                                   Que você encontrará
                                   A luz da sua esperança.


 Esse poema faz parte do meu segundo projeto de poesia: DEUS, CÉU E MAR. É um poema que tem em sua essência a filosofia do poeta de acreditar sempre no amanhã.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ENAMORADOS

Esse poema, eu escrevi no DIA DOS NAMORADOS. Alguém me pediu por acaso. Pensei num eu lírico apaixonado e brotou em minh´alma esse texto:
ENAMORADOS
Era noite com céu estrelado,
Onde a lua reinava com seu brilho fascinante.
Foi assim que eu te vi pela primeira vez
E logo me apaixonei.
Algo especial aconteceu comigo.
Ainda tenho na lembrança
Os teus olhos buscando os meus,
Tua boca sussurrando palavras de carinho
E tuas mãos tocando as minhas
Como se fossem elos prendendo as nossas almas.
Até hoje estamos presos,
Porque somos dois em um
Nos nossos beijos, nos nossos abraços,
Em momentos de puro êxtase.
Por isso somos dois em um,
Juntos,
Eternos.

domingo, 3 de junho de 2012

O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER

Depois do meu aniversário, decidi postar algo neste final de semana. Ontem me ocorreu um fato que me fez lembrar de um dito popular: o pior cego é aquele que não quer ver. Diante disso, resolvi escrever nessa manhã dominical esse texto.
O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER
Quantas coisas acontecem em nossa vidas?
São várias, inconsequentes, sucessivas, benevolentes, supérfluas, efêmeras...
Mas... É importante que se tire de todas elas uma experiência de vida.
Há a necessidade de vê-las com olhos bem abertos, não a visão normal, parte da nossa matéria,
Mas os olhos da alma, dádiva divina.
É preciso ver o que está acontecendo de errado conosco, antes que os fatos se tornem inconsequentes...
Ou as atitudes equivocadas sejam sucessivas...
Os atos benevolentes servem para excluir as vivências supérfluas
Porque elas são efêmeras.
Só conseguiremos dar rumo às nossas vidas quando a observarmos com os olhos da razão
E nunca devemos iludir-nos com os olhos do coração,
Somente assim, encontraremos a felicidade.