segunda-feira, 7 de julho de 2014
LEMBRANÇAS DE UM POETA
A noite parece longa, mas a madrugada é ainda mais fria... E o meu castigo vem devagar como o vento do outono... O cheiro das flores não é mais o mesmo e eu não posso me iludir com o aroma que vem da relva... Fico triste em pensar na possibilidade de não mais ouvir a voz que veio de um passado não muito remoto...
Sofro com essa possibilidade.
Eu me agarro ainda na esperança que guardo na minha fantasia...
Eu me escondo numa tristeza que é de poeta que tem como arma única a sua poesia e essa poesia já não é mais arma para a sua conquista...
Assim eu me vejo sozinho e caminho por uma fantasia que não é mais minha, que me foge pelos dedos...
Uma fantasia que se distancia como as lembranças do passado e deixa a minha alma ainda mais triste.
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