terça-feira, 15 de maio de 2012

NOSSO HINO

Ouviram nas margens de um rio,
muito tempo atrás um grito,
abafado, sofrido,
alienado...
Mas nele havia esperança
na herança
desse povo enganado!!!
Igualdade nessa Terra?
Nunca se conseguiu com braço forte.
Essa ilusão que é fabricada
em nome dos nobres
que ludibriam os pobres
nas telas, nos ritmos, em tudo o que está escrito,
fundido, costurado, comido...
Nessa Terra de tantas palmeiras,
o sabiá se foi e o poeta se calou...
As aves que aqui gorjeavam,
não cantam mais,
somente as que vêm de lá.
Oh... paraíso almejado que não aprendemos a amar.
Solta o grito Terra amada
entre outras tantas mil,
perdoa todos os seus filhos , querida mãe gentil!
Como reflete a história
de um gigante que adoece
nas matas, no urro da onça,
no corpo que apodrece,
no pensar que não escreve,
não se ergue na justiça,
na lama que é a política...
E agora o filho foge da luta,
que teme e não adora
essa Terra sem risos,
de poucas flores,
Já sem bosques
e sem amores.
Terra amada,
Tu és uma farsa
na imagem universal.
Tua criação
surgiu na imaginação
de uma louca de Portugal.
Esse povo
que só buscava tesouro
num futuro que se perdeu no passado,
nesse berço está deitado,
na busca de um milagre
nas ideias que se perdem
na hipocrisia,
na demagogia
que alimentam a alma
desse povo alienado.

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