segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"UM NÃO EXPRESSIVO"

Ontem mais uma vez em minha vida, fui levado de forma arbitrária a fazer algo que não faço por força da minha vontade, mas preciso exercer a minha cidadania.
Dizem que o dia de eleição é um momento cidadão. Pergunta-se o que é um exercício de cidadania num país da hipocrisia, da demagogia e da corrupção?
Muito se fala sobre a questão já bem velhinha, antiquada e obsoleta de que "o Brasil é o país do futuro". Fico a pensar nesse jargão político que deve ter surgido nas palavras de Cabral quando este descobriu o nosso território. É provável que surgirão novos planetas, novas galáxias e a nossa nação continuará sendo a terra do futuro por anos e anos sem fim.
Sobretudo, precisamos escolher alguém para cuidar das nossas cidades, da saúde do povo, da educação dos jovens e da segurança de todos. Nisso tudo, o que nos causa indignação é saber que essa prática  nunca acontece , já que a nossa população não tem atendimento médico, pois os hospitais são precários;  as escolas são pouco equipadas e não asseguram aos nossos filhos uma educação de qualidade , e nossas casas parecem mais quartéis generais, rodeadas de arames farpados, cercas elétricas e cães ferozes.
E não adianta justificar que estamos em tempos de "ficha limpa", se os políticos que continuam no comando são os mesmos, burlam as leis e exercem as mesmas e ultrapassadas práticas de indicar o voto pelo sobrenome , visto que permanecem no poder por meio dos herdeiros políticos, filhos e afilhados.
Afinal, não sou obrigado a escolher o que não há escolha. Não vejo opção para o meu voto. Sei muito bem diferenciar "um  excremento de um cocô", por isso exerço o meu ato de cidadania "não num voto de protesto", mas num "NÃO" bem expressivo.


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