Jovem, na flor da puberdade, sonha com seu príncipe que não vem... mas sonha e o seu desejo é mais forte que o sonho:
" Chega num belo cavalo possante,
Traz nas mãos o coração
De um fervoroso amante,
Cheio da mais singela emoção..."
Ela, bela moça , passa a ser refém da sorte, de uma idealização romântica que a levará ao sofrimento de noites sem sono, suspiros apaixonados :
" Vem, vem, príncipe encantado,
Tu farás parte dessa vida,
Por mim, serás para sempre amado,
Porque tu és alma tão querida... "
A espera dela é tão infindável , anos e anos... a busca na espera tão paradoxal, mas com o coração ainda cheio de esperança:
" Espero-te, meu senhor,
Dono dos meus desejos,
Guardião do meu amor,
Para encher-te de beijos..."
Todavia, o sonho vai perdendo a essência e dá lugar a um desejo real, de olhos abertos e bem abertos, e o príncipe não passa de sapo, pois não adiantaram os beijos, os desejos fantasiados:
" Tu não tens a imagem
Que tanto desejei,
Tu és a miragem
Que eu nunca sonhei..."
E esse não é um "final feliz" dos contos de fadas, mas de um conto da vida real de muitas jovens apaixonadas que ainda idealizam o amor.
P.S. Cuidado com os sapos disfarçados de príncipes encantados. O mundo, hoje, parece mais uma lagoa,
onde sapos-tanoeiros em suas orquestras seduzem e enganam doces almas ingênuas.
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