sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MEU DESTINO

Eu
Poeta das terras secas e impuras
Que levo uma alma assim tão pura
E carrego um coração amargurado na mão...
Queimo a pele e o corpo nesse sol ardente,
Tenho um querer que parece tão quente
Como toda criatura do sertão...

Poeta,
Que figura representa?
Essa gente tão paradoxal?!...
Que caminha pelas estradas poeirentas,
Eles que travam uma luta tão sangrenta
Numa triste desigualdade social...

São homens, mulheres, crianças
Que vivem entre uma seca tremenda
Ou uma grande inundação...
Ser poeta desse povo representa
Um dever, uma obrigação.
Sou sertanejo, sou nordestino,
O meu viver, o meu destino
É o mesmo do povo dessa nação.


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